Ando muito estranha ultimamente. Mais do que o normal.
Eu quero um tempo pra tudo, se pudesse eu queria parar de
viver um pouco pra pensar no que eu estou fazendo; que rumo estou nessa vida.
E não me refiro a amor. Agora, na situação que eu estou,
estar ou não com o coração quebrado é uma coisa banal. São outras tantas coisas
importantes que acabo não ligando pra nada.
Sei que esse blog não é para, especificamente, falar sobre
o s problemas da minha vida. É pra falar de amor. Mas, acho que se tiver alguma
coisa relacionada, vale a pena contar tudo o que estou sentindo.
Bom, eu simplesmente não sei o que escrever nem por onde
começar. Porque andam acontecendo várias coisas ao mesmo tempo. Mas vamos lá.
Relacionado ao assunto “amando”, sei que só estou arrumando
relacionamentos porque preciso me distrair um pouco, esquecer todos os meus
problemas. Mas o que era pra ser algo agradável acabou me machucando muito,
muito mesmo. E o pior que quem sofreu não fui só eu; acabei machucando outras
pessoas também. Infelizmente, não sei se devo pedir desculpas á falsidade ou
simplesmente esquecê-las. Mas acho que devo continuar unânime, elas já deveriam
ter percebido que tudo não passava de uma farça, que todos os “eu te amo” foram
em vão. E eu acho que esse sentimento angustiado não é só da minha parte. Eu
acabei me arriscando muito, forçando meu coração a se apaixonar por qualquer
um, e eu também sentia que os “parceiros” também só queriam se divertir. Eu sabia
que o final seria uma facada no peito.
Na minha casa, as coisas não estão melhores. Não mesmo. Eu
digo que amo a minha mãe mas tenho dúvidas sobre esse sentimento. Porque acaba
não sendo recíproco. E quando a pessoa vê que não existirá retorno, ela
simplesmente para de amar. Eu devo ter mesmo amado minha mãe um dia. Um dia que
já esta muito distante. Ela me faz sofrer de um jeito que nenhuma pessoa
consegue, minha mãe tem o dom de diminuir minha alma, minha essência, coisa que
para uma pessoa consideravelmente forte emocionalmente, não seria tão fácil.
Mas ela conseguiu me machucar pela incontável vez. E cada vez que isso
acontece, cada vez que ela acha uma rachadura dentro de mim, meu coração cria
mais uma camada de pedra. E isso dói, dói muito, porque eu não quero e não
gosto de ser insensível, mas não tenho como evitar que essa nova camada “nasça”
dentro de mim. Não sou eu que escolho ser fria, antissocial e até mesmo
arrogante, são as pessoas que me fazem assim. É uma escolha dos outros. Simplesmente.
Me sinto muito sozinha. Talvez seja pela ausência da minha
mãe. Pelo que eu vejo na família das minhas amigas, o papel da mãe é muito
importante, é uma necessidade na vida dos filhos. E isso eu não tenho. Nunca
tive. Então me refugio no meu pai, que é tudo na minha vida, meu amor, minha
força de viver, minha razão de existir. Ele se esforça: me ouve, me ajuda,
chora comigo, me alegra. Mas não é como uma mãe. Desculpa pai, mas eu quero
muito a mamãe de volta. Quero mesmo. Eu quero uma pessoa doce que se chamava
Adriana. Não sei o que aconteceu com ela, mas eu necessito que ela me
compreenda, preciso de alguém para contar meus segredos, minhas dúvidas, meus
receios, o que eu gosto e não gosto, essas coisas simples da vida. Preciso
falar essas coisas bobas que mãe e filha falam umas pras outras, e rir, e
conversar, tudo aquilo que a gente só conta pra mãe, tudo aquilo que a gente
precisa falar. Eu não quero nada demais, só quero uma mãe de verdade. Uma mãe
que me ame, não uma pessoa que vive comigo dentro da mesma casa.
Babs, Nathy e Mari. Esses são uns dos nomes mais
importantes da minha vida. Elas são minhas “mamães”. Sério, elas me ouvem,
fazem de tudo pra mim. Sei que acabo de destratar vocês mas, ás vezes não
consigo controlar o que sinto e o que penso. Não é que eu desconte em vocês
mas, não sei o que acontece comigo. Vocês me entendem só pelo olhar, sabem se
eu estou falando a verdade ou não pelo tom da voz, sabem quando eu estou triste
pela aparência. Tudo de mim vocês sabem, coisa que a minha mãe não faz; na
verdade, ela nem repara em mim. Acho que eu sou um fardo pra ela: mais uma boca
pra sustentar, pra gastar dinheiro. Como se eu pedisse pra nascer.
Eu sou muito grata por vocês me ouvirem. Especialmente pra
Babs, que é a minha irmã, que é a única pessoa pra quem eu realmente me abro.
Quando eu converso com você, mana, a durona aqui desmancha que nem manteiga
quente, e choro, choro,choro.Só você sabe né?!
Mas tenho medo de a minha vida der errado. Tenho medo que
ela seja totalmente diferente para o rumo que a quero levar. Eu juro que se dependesse de mim, tudo estaria
certo. Mas eu preciso de vocês meninas, eu preciso da colaboração de todo mundo
que vive comigo.
Bom, esse texto deve estar super confuso e chato de ler.
Mas tudo bem, eu só queria....Tirar toda essa energia ruim de mim por meio dos
meus dedos. Obrigada pessoal.
Amo muito, muito, muito, vocês.
E se um dia meu pai ler isso... Pai, te amo 3 vezes mais.
Chega a doer meu peito.
Ass,
Nanda.
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